top of page
Contato após a maioridade

De acordo com a assistente social do Abrigo Nova Vida, as meninas que completam 18 anos, normalmente, mudam-se para sobreviver com o próprio dinheiro em locais próximo à casa de acolhimento. “A gente ajuda no início. Elas têm a gente como referência porque a família às vezes mora longe, às vezes perde o vínculo”, conta.

 

Porém, ao contrário do que a assistente social informa, não existia nenhum registro oficial das jovens que saíram daquela casa. Quando perguntada sobre o contato de alguma menina que tenha vivido essa situação, a assistente social disponibilizou apenas um número telefônico, que já estava desativado. Ou seja, se havia jovens saídas daquela casa com algum vínculo, não era por parte do Estado e seus agentes.

 

A equipe de reportagem procurou sem sucesso durante quase um mês  por jovens egressos de abrigos, quer seja com vínculo familiar ou já disponível para adoção após completar 18 anos. Nenhum órgão competente tem estes registros, os jovens simplesmente completam a  maioridade e nunca mais são vistos. Por duas vezes, a reportagem procurou num grupo público de redes sociais que tem, atualmente, mais de 350 mil membros de Fortaleza. Nenhuma pessoa que tenha feito 18 anos em um abrigo foi encontrada. Essas pessoas “desaparecem”.

© 2018.1 feito pela turma de Jornalismo Investigativo - Universidade de Fortaleza (Unifor)

bottom of page